A transmissão ao vivo da Marvel revelando o elenco de Vingadores: Doomsday trouxe uma avalanche de informações, mas também levantou uma dúvida intrigante: onde estão os Vingadores?
Com mais de 27 personagens confirmados, a maioria é formada por integrantes dos Thunderbolts, do Quarteto Fantástico e, surpreendentemente, dos X-Men da era Fox. Faltam nomes clássicos do MCU, como Hulk, Feiticeira Escarlate, Doutor Estranho, Homem-Aranha, Capitã Marvel e War Machine. E isso pode ser uma pista crucial sobre os rumos de Doomsday e Guerras Secretas.
Uma equipe substituta?
Entre os heróis confirmados, poucos têm uma ligação direta com os Vingadores: Capitão América (Sam Wilson), Thor (Chris Hemsworth) e Homem-Formiga (Paul Rudd). Outros como a nova Pantera Negra, o novo Falcão ou personagens do Quarteto e X-Men aparecem, mas sem histórico como membros centrais dos Vingadores.
Essa lacuna pode ter uma explicação narrativa: os Thunderbolts devem ser rebatizados como os “Novos Vingadores” até fim de Doomsday (Lembra do asterisco no logo do filme?). Personagens como Bucky Barnes, Yelena Belova, Agente Americano, Red Guardian e até o Sentry foram confirmados no elenco. Além disso, trailers já mostraram Valentina Allegra de la Fontaine adquirindo a Torre dos Vingadores e mencionando que “os Vingadores não estão disponíveis”.
Ou seja, o filme pode estar construindo a narrativa de uma equipe substituta de heróis — mais instável e com menos poder — para assumir o legado dos Vingadores, mesmo sem estarem à altura do time original.
O papel central do Sentry e de Doom
O Sentry, que fará parte do grupo, é um dos personagens mais poderosos da Marvel. Mas seu lado sombrio, o Void, pode ser justamente o vilão principal de Doomsday. Isso alinha o filme com os quadrinhos, onde o Sentry tem papel fundamental na equipe dos Novos Vingadores.
E como encaixar o retorno de Robert Downey Jr. como Doutor Destino? A resposta pode estar na ausência de grandes heróis no filme: Doom precisa se estabelecer como um vilão capaz de causar impacto real. E a forma mais brutal de fazer isso seria eliminar os X-Men da era Fox, que aparecem em peso na lista de personagens.
Doom será o “Thanos” do Multiverso
O objetivo parece claro: assim como Thanos eliminou metade do universo em Guerra Infinita, Doom pode destruir um universo inteiro, provavelmente o universo dos X-Men da Fox, preparando terreno para Guerras Secretas.
Esse evento catastrófico seria o “estalo” da fase multiversal da Marvel, com Doom aniquilando personagens queridos para chocar o público e elevar as apostas para 2027.
Essa destruição também serviria para “liberar espaço” no orçamento e dar destaque ao elenco tradicional do MCU, que poderia retornar com tudo em Guerras Secretas para confrontar Doom em um encerramento épico da saga.
O plano da Marvel: sacrifício antes da redenção
A escolha de deixar heróis icônicos de fora de Doomsday parece intencional. Eles podem estar sendo guardados para um grande retorno em Guerras Secretas, após o impacto da destruição causada por Doom. Assim como Guerra Infinita cedeu espaço para os heróis mais clássicos em Ultimato, a Marvel pode estar apostando no mesmo modelo.
É um movimento ousado, mas que pode restaurar a confiança do público no MCU — abalada por fases recentes consideradas fracas.
Conclusão
A ausência dos Vingadores clássicos em Doomsday não é um erro. É uma estratégia. Tudo aponta para a construção cuidadosa de um novo clímax épico no MCU, com os Thunderbolts assumindo um papel de destaque, Doom ganhando status de ameaça multiversal e os X-Men da Fox servindo como sacrifício para um reboot inevitável no multiverso.
Resta saber se a Marvel conseguirá manter essa narrativa coesa até 2027 — e reconquistar o impacto emocional de Ultimato.