Após três décadas de histórias, mudanças de elenco, tramas e reboots parciais, a franquia Power Rangers está prestes a passar por sua reinvenção mais radical até agora. De acordo com fontes da indústria, a Hasbro e a 20th Century Television estão desenvolvendo uma nova série para o Disney+, com o objetivo de começar tudo do zero — sem vínculos com a longa cronologia anterior da saga.

Essa nova fase representa uma oportunidade histórica para modernizar a franquia e, ao mesmo tempo, se libertar do peso das produções anteriores, incluindo a dependência do material original japonês da Toei.

Um reboot total com DNA americano

Embora Power Rangers sempre tenha se reinventado a cada temporada — com novas equipes, tramas e até universos —, essa nova proposta vai além. Jonathan E. Steinberg e Dan Shotz, responsáveis pela série Percy Jackson e os Olimpianos, foram escalados como showrunners e produtores executivos, indicando uma abordagem mais coesa, narrativa e moderna.

A intenção é criar uma história original do início ao fim, com novos personagens, vilões, poderes e mitologia, sem se apoiar em adaptações de Super Sentai como Zyuranger ou seus sucessores. Isso oferece liberdade criativa inédita para os roteiristas, mas também impõe grandes expectativas da base de fãs.

O desgaste do formato clássico

O último projeto da franquia, Power Rangers: Fúria Cósmica (2023), encerrado pela Netflix, foi recebido de forma morna, indicando sinais de esgotamento no modelo tradicional. Mesmo os fãs mais fiéis demonstraram cansaço diante da repetição de fórmulas e da dificuldade da série em se atualizar sem perder sua essência.

Além disso, o mercado de entretenimento atual exige narrativas mais densas, conectadas e visualmente impactantes, algo que o formato clássico, baseado em filmagens recicladas e estrutura episódica, já não consegue entregar com a mesma força.

O desafio de redefinir uma lenda

Ao romper com o passado, a nova série no Disney+ também se diferencia do reboot cinematográfico de Power Rangers, que ainda está em desenvolvimento. Isso evita confusões e cria espaço para que a nova série seja julgada por seus próprios méritos.

Com a liberdade para não depender da Toei, a produção pode construir um universo próprio, com personagens mais complexos, vilões carismáticos e um enredo digno das produções modernas de super-heróis — algo mais próximo do MCU ou das séries da DC.

Mas o caminho é arriscado. Um reboot total significa que não haverá apelo nostálgico imediato, nem a presença de nomes icônicos como Tommy Oliver, Jason ou Zordon — pelo menos não da forma como conhecemos. Isso pode afastar parte do público tradicional, enquanto tenta atrair uma nova geração de fãs.

Hora de morfar… de novo

A nova era de Power Rangers será uma prova de fogo para a Hasbro. Se conseguir equilibrar inovação com a essência do espírito “heróico e colorido” que conquistou gerações, a franquia poderá se reinventar de forma relevante no cenário moderno do streaming.

O que resta agora é esperar pelos primeiros detalhes oficiais — e torcer para que essa nova versão consiga “morfar” a marca para o futuro sem perder o coração que a tornou tão icônica.

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